Gone Girl, da americana Gillian Flynn, foi dos livros que mais rapidamente li. É um thriller sobre o desaparecimento de Amy, uma mulher bonita, popular e com dinheiro (Perfect Amy), no quinto aniversário do seu casamento com Nick, um jornalista desempregado que obrigou o casal a mudar-se de Nova Iorque para a pacata North Carthage no Missouri.
Se de início tudo aponta para a hipótese de rapto de Amy, com Nick a ajudar a polícia, aos poucos as pistas começam a incriminar o próprio Nick que começa a desesperar com a situação.
O livro é apresentado com capítulos alternados do diário de Amy de um passado próximo e da experiência de Nick no presente. É esta alternância que ajuda a prender o leitor pois este vai conhecendo a relação entre as personagens e vai antecipando os passos que Amy escreveu no seu diário. Vamos percebendo também como Nick deixou de amar Amy e como esta não é, na realidade, perfect.
De revira-volta em revira-volta percebemos que nem tudo é como parece e há várias vacilações na relação que nós, leitores, temos com as personagens, chegando facilmente ao ponto de ódio (bem me avisaram).
É um óptimo livro para se ler num instante dada a forma inspirada como foi escrito e construída a história com a desconstrução total das personagens num remoinho de emoções entre duas pessoas casadas e uma, duas?, psicopatas.
Não deixem de ler que o filme vem já aí.
Nota: 4/5